Já nas primeiras publicações envolvendo política se iniciaram debates sobre assuntos da atualidade.
O ponto que gosto de abordar nem sempre lida com as questões da atualidade, e por isso, quando me ponho a analisar uma situação concreta, por vezes sou taxado de direitista conservador, por vezes acusado de comunista.
Isto é próprio destes tempos. É comum, mas não é normal.
Nesses momentos me sinto muito convenientemente em companhia de Tocqueville, que era ‘demasiado liberal para o partido de onde ele provinha, não muito entusiasta por idéias novas aos olhos dos republicanos, ele não foi adotado nem pela direita nem pela esquerda, ele permaneceu suspeito a todos‘, como disse um pensador no passado.
É certo que a qualidade dos políticos está baixa, que os jornais só nos trazem más notícias, mas será que a humanidade deve mesmo abandonar totalmente esta nobre atividade ou mesmo delegá-las a arrivistas profissionais?
Por que, da Ágora de Atenas para os dias atuais involuímos tanto? Por que, da antiga Roma até os dias atuais passamos a olhar tudo isso com tanta desconfiança e passamos a ir na direção contrária dos antigos?
Interessante observar que, em latim, vivere significa estar entre as pessoas, cuidando de assuntos públicos.
Gustavo Theodoro